O que escrever?

Quando senti que precisava escrever um novo ‘post’, não fazia a mínima que assunto abordar. A dúvida, não era por escassez, muito pelo contrário, pela a quantidade de acontecimentos relevantes que me chamaram a atenção nestes dois meses e meio deste ano.

De um lado os fenômenos espaciais que desde minha infância, eram objeto da ficção científica, meteoros, cometas… Os flagras no céu da Rússia que poderiam dar conta de qualquer cena de filmes do gênero como “Independence Day”, “Um Dia Depois de Amanhã”, e por aí vai.

A corrupção que ainda assola esse país, onde infelizmente a maioria dos governantes não procura de fato o bem estar da população. A culpa, é nossa, que votamos por conveniência, não cobramos resultados… Por outro lado, uma população ignorante, que não tem educação de qualidade como o poderia fazer?

O possível confronto dos Estados Unidos e a Coréia, que ao afirmar ter armas atômicas, se tornou “inimigo do mundo”. Só os Estados Unidos as podem ter… E parece que a imparcial Organização das Nações Unidas aprova a ideia.

A seca que mais uma vez começou a demonstrar no “país tropical” que as obras super faturadas e mal planejadas do Rio São Francisco farão muita falta, lugares inabitáveis, onde nada se desenvolve, por não haver uma gota de água.

E o Bento XVI? Uma renúncia que não cola, pelas justificativas dadas, uma vez que o “cargo” é vitalício. Notícias pipocando por todos os lados demonstrando a política, jogo de interesses por trás da maior organização religiosa do mundo.

O tiro no pé da Apple que ao processar a Samsung, desgastou a própria imagem e começou a atestar que o processo  em si era uma justificativa para a falta de capacidade de inovar de fato, do iPhone 4 ao 5, as mudanças foram efêmeras.

Queria tanto falar muito de cada um destes pontos, mas estes já estão bem sabatinados e de certa forma não são surpresa.

Prometo, vou escrever mais seguido!

A moda agora é ser ateu!

Pelo menos em várias redes sociais que uso, pipocam animações, “reflexões”, ilustrações… sobre o porque de ser ateu, como uma espécie de justificativa. O interessante seria se fossem de fato reflexões e que tentassem ao menos vislumbrar os dois lados…

No fundo, me entristece saber que as pessoas de certo modo dizem não acreditar em nada e ao que parecem tendem a ter necessidade de demonstrar isso para os outros, como uma auto afirmação de independência. E pior, a maioria destas pessoas por serem “letradas”, graduadas cientificamente, ou apenas o acharem que são, tomam como uma espécie de justificativa indireta o fato de “estarem” em um patamar superior e que, acreditar em algo de certa forma abstrato é popularesco e corriqueiro demais para alguém tão, especial.

O fato de ter estudado filosofia, fez com que eu tivesse essa inquietude despertada, para a vida e seu sentido. Hoje acho que, seria muito mais fácil, mais simples, “largar de mão”, simplesmente não acreditar em nada e viver a vida de forma própria, por minhas próprias regras. Só que isso é um paradoxo, uma falácia. O homem, não tem escolha, há a necessidade de ser de certa forma subjugado, embora os “letrados” acham que não são. Em última instância sempre somos submissos a alguém ou a alguma força externa, sejam os pais, chefe, governo, sol, chuva e a própria morte.

Também acho que a maioria dos ateus se decepcionaram com discursos de homens, que foram denominados por outros homens como pastores e padres, com imagens feitas por homens, com interpretações de homens, que são iguais a nós, sem diferença alguma. Concordo com todas essas afirmações, mas isso não é o suficiente para me tornar um incrédulo. Essa forma de viver que julgo ser muito mais fácil, cheia de atalhos e de certa forma inconseqüente é que me entristece, acho que ainda me importo, muito com os outros. Quando digo isso, não estou querendo trazer você para a minha religião (até porque não sigo uma), mas o simples fato de viver por viver me soa bastante vão.

O que me leva a ter certeza que existe algo superior é o funcionamento perfeito de tudo, sem intervenção humana, a fotossíntese de um vegetal qualquer, a rotação da Terra que não atrasa nunca, e a forma como tudo é administrado, “por conta própria”. Isso sem mencionar a vida humana e sua incrível racionalidade, capacidade de inventar e criar coisas que nenhum outro animal consegue. Esse tipo de coisa, me deixa em conflito com teorias como  o “big bang”, ou qualquer outra teoria de criação, que tenta me levar a crer que tudo surgiu assim perfeitinho “do nada”.

No final das contas, ter fé vai além de ter religião, acreditar no amor, que o parceiro te ama, acreditar no horóscopo do dia, acreditar na existência do ar… A questão é, até que ponto ser incrédulo é possível?

Pensando na vida…

Eu estava pensando na vida e posso concluir que ela não foi “feita”, nos concedida para ser pensada, caso tente fazer isso você enlouquece, sua mente fica num eterno looping… Por outro lado não me agrada viver de modo que eu tente me enganar e os caminhos são sempre sinuosos, vivemos almejando melhorar as condições de nossas vidas, seja moradia, comida, educação, vestuário… tudo isso para depois morrer e não levar nada disso.

No final das contas, você leva a vida que você leva… Nada mais. Simples assim!

Neste ponto pode-se pensar que irei falar que ir para alguma igreja é a solução… Muito pelo contrário, hoje estas instituições, de modo geral, infelizmente são tão corruptas quanto alguns partidos políticos. Chamo a maioria das igrejas de corruptas pelo nítido interesse em dízimos que dependendo do montante, pode possibilitar vista grossa à muita coisa, assim como a pregação por meio do medo, quando dizem que Deus é um carrasco, criando assim culpa nas pessoas, estas instituições são as que pregam o que é aprazível para sua situação, em suma desenvolvem um corpo de crentes julgador, mesmo havendo várias passagens da Bíblia que discorre que ninguém está apto para julgar ninguém, somente Deus tem a capacidade de sondar os corações, enquanto o homem só vê o exterior, nada mais! Em suma, pregam o que é fácil ser cumprido ou cobrado e omitem o restante… Porque nenhuma igreja busca os perdidos, como a Bíblia descreve ter sido feito por Jesus. Está claro que era estas pessoas eram as que Ele se importavam, não o quanto elas podem contribuir financeiramente… A posição de acusadoras por parte desta instituições é muito mais confortável. Penso que o número de fiéis se deve ao nível da educação que temos no país, que está muito abaixo do desejado, muitas pessoas humildes que acreditam neste conceito fragmentado se submetendo a eles.

Apesar de tudo porém, acredito piamente que Deus existe, se esse é o nome do criador não sei, mas que existe um criador supremo, tenho plena certeza. Sei também que ele é como o vento que a gente não pode ver, mas pode sentir. Assim, como este elemento da natureza passa sem percebermos no nosso dia a dia, sentir a presença de algo superior requer sensibilidade. E sei que em nenhuma parte da Bíblia é mencionada alguma divisão de igrejas por nomes (como Católica, Batista, Protestante, Evangélica…), como sendo algo correto, assim como não há menção a criação de santos, estátuas feitas pelas mãos do homem, muito pelo contrário, isto é uma das coisas claramente condenadas no Livro Sagrado. Convenhamos, toda Sua criação é muito perfeita para ter surgido do big bang. E me entristece saber que há pessoas, algumas muito próximas que não acreditam em absolutamente nada, que se enganam ser inteligentes, mais independentes por se dizerem descrentes de tudo. Ao contrário do que se acham ser, tenho pena… Embora muitas vezes vivi de forma como se não houvesse amanhã, como se o evento mais importante para mim fosse o novo celular, filme, disco a ser lançado, ou a próxima cerimônia do Grammy, apenas alguns exemplos… tento aos poucos mudar a direção da minha vida, existem tantas coisas que podem ser consideradas como menores ou menos importantes, mas que fazem muito mais sentido nesta passagem por aqui.

Mas meu objetivo não é ponderar sobre estas questões da criação, mas simplesmente considerar como a vida é realmente passageira e volátil. Nós ainda nos achamos no direito de tentar nos preocupar, modificá-la de curso assim como se muda o curso de um rio, entretanto a nossa preocupação tem participação efêmera nela. Sei de toda a teoria que como disse anteriormente, ela (a vida) não é para ser pensada, mas as vezes é inevitável… Por incrível que possa parecer, acho a música do Zeca Pagodinho uma verdadeira lição de vida, deixar a vida nos levar, talvez seja a forma mais agradável, com menos sofrimento de viver aqui os anos que nos são concedidos…

Ora, é sabido que não temos escolha nenhuma, se houvesse, não iríamos querer a vida desta forma, tão passageira, ao mesmo tempo tão cruel e moraz com a maioria. Alguns defendem a idéia que a vida é algo inacabado, descordo completamente, apenas acredito que é uma parte… não é o fim. As vezes ainda me desgasto com o que os outros falam, quando percebo que ainda não se deram conta de princípios básicos da vida, as pessoas sempre terão opiniões sobre minha vida, assim como eu com relação a delas, mas somente eu tenho o poder de mostrar o quão errada elas estão e já demonstrei várias vezes!

Há um vídeo que achei hoje no YouTube, que chama-se “Da Servidão Moderna”, há lá várias versões, legendadas, dubladas… muita coisa que penso, “casa” com o que está lá. Acho importante assistir estes vídeos (são em média 5 partes, dependendo da versão), não que tudo que é mostrado seja verdade absoluta… Para minha pessoa serviu como um ponto de equilíbrio.

Precisava falar sobre isso… é como me sinto.