Há um certo tempo, ando indignado com o Facebook como um todo, além de seus problemas de privacidade, usuários sem um pingo de noção predominam – não, não há nenhuma indireta aqui. Tenho pensado sobre a possibiliade de cair fora da rede do “Sr.” Mark Zuckerberg.
Comecei a pensar em cada “amigo” e o que sei sobre eles. Há “amigos” e amigos e todos com certo acesso as minhas informações, por mais filtradas que estas sejam. Em suma, estranhos podem não ser tão estranhos… Tenho me sentindo mais alienado, você só curte, raramente há alguma crítica e é mais raro ainda alguém aceitar alguma crítica, embora a proposta da rede seja outra, conectar as pessoas. Você acaba não ligando mais para amigos, só vê o que eles mostram, manda mensagens é a superficialidade das relações! Talvez seja a melhor definição.
Ah, minha intenção não é ser coerente textualmente, mas demonstrar meu sentimento a medida que vou lembrando do que mais me aterroriza.
Aí temos o ego dos usuários, que precisam ser “curtidos”, é quando começa o show de horrores; vale “copiar e colar”, fotos apelativas, correntes, parecer a pessoa mais feliz do mundo… Até dá para entender, quem é original, que não vende o que não é, não é curtido, pelo simples fato das pessoas não curtirem seu próprio “estado”, pessoas com sentimentos, assim todos tornam-se assentimentais e a rede vendedora de informações vira um passatempo, os grandes usuários acabam sendo os que tem o melhor visual físico, melhor domínio de Photoshop ou maior número de “amigos”.
Consequentemente, você acaba tentando se adequar aos padrões, tenta ser engraçado, tenta posar para a câmera, tenta demonstrar que tem uma vida maravilhosa fora da rede, mas inevitavelmente quanto mais você vive no Facebook, mais frio e superficial são seus relacionamentos. Falo com segurança do Facebook, porque nunca outra rede social, substituiu alguns tipos de laços.
A “conversa” cotidiana que o site traz, fotos “engraçadas”, fotos do lanche da tarde… não passam de lixo virtual.
É o MEU sentimento. Não me julguem.
Se vou continuar no Facebook, não sei, provavelmente não.
Busquei então entender o funcionamento por trás das boa ações gratuitas da rede que promete aproximar as pessoas. Por que o “curtir” é fundamental? O sistema por trás dos servidores da rede, processsa e cria um perfil de gostos para cada usuário, bem como divulga algo muito “curtido”. Estatisticamente tem informações de idade, gostos… que são fornecidas à empresas que querem vender! Ou seja, há uma identificação fácil de um público-alvo.
O link “curtir” parece apenas parte de um aparato externo e então superficial. A engenharia por trás (matemática, social, cultural…), parece ser “o ‘x’ da questão”. Muitos “curtem” determinado “amigo” porque ele também “curte”, assim o povo se curte e ficam neste círculo vicioso… esperando serem “curtidos” e curtirem algo para compartilharem.
Bom, se você leu até aqui, talvez você seja uma excessão.
Em nenhuma das postagens que fiz até hoje, com mais de duas linhas, teve algum comentário…
Se você não “curtir”, vou entender.