Facebook e o combate à “fake news” ou censura?

No dia 24 de Julho o Facebook excluiu quase 200 páginas e tantos outros perfis pessoais que segundo a empresa constituía uma rede falsa de notícias com a intenção de causar divisão e confusão, basicamente. O Ministério Pública Federal exigiu uma lista de todas as exclusões, bem como o motivo de cada uma. O ocorrido ascendeu o debate dos limites de uma empresa privada, bem como os limites do Estado em questões como esta. O Facebook pode aceitar só quem ele quiser?

Antes de tudo, é muito difícil fazer uma análise sem ter clareza de todos os fatos. Acredito que essa seja a maior crítica ao Facebook, que não possui regras claras, não subjetivas. As ações do Facebook têm sido no Brasil e exterior muito pouco transparentes e um tanto quanto genéricas. Assim se torna muito difícil fazer uma análise correta e independente do ocorrido. Além disso foi uma decisão sem precedente, baseada em argumentos de que estariam causando divisão ou desinformação, se a empresa começar a arbitrar, o que é correto, o que causa desinformação se torna uma cenário muito perigoso, uma sinuca que acredito que o Facebook não quer estar. A decisão foi errada também na falta de transparência com as pessoas que tiveram suas páginas e/ou perfis excluídos, neste âmbito o YouTube tem um comportamento totalmente diferente, avisa antes, adverte e ao excluir, demonstra as razões exatas da ação, bem diferente ao rito sumário do Facebook, em praça pública. Combinando essas razões ao fato de somente terem sido excluídas páginas de um espectro político específico, fazem com que de certa forma sejam justificáveis as teorias nem tanto conspiratórias de censura.

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A falta de opacidade e o viés ideológico levam a construção do discurso de censura e com razão, bastando fazer qualquer comparação de como ocorria no Brasil a ação de censura. Nos Estados Unidos ficou explícito que o Facebook tem alinhamento mais progressista, sofrendo pressão inclusive de seus pares progressistas, o senador Ted Cruz colocou Zuckerberg contra a parede, lá a narrativa de toda a imprensa “mainstream” é de que tem sido vitória contra as “fake news”. A grande mentira dessa narrativa é que vende a ideia de que antes de Trump, todos os presidentes eram muito honestos. Por exemplo, Obama durante seu primeiro mandato foi aclamado pelo seu uso de redes sociais, como atuação mais próxima do público, o mesmo motivo serve para desmoralização de Trump. Outra situação que causou muito impacto no EUA, foi de que supostamente a Rússia teria interferido nas eleições americanas, aqui no Brasil faremos o que com uma empresa multinacional americana, o Facebook, interferindo nas eleições? Me refiro a interferência eleitoral, porque as principais figuras da esquerda comemoraram a ação, com o argumento de que a exclusão teve como objetivo a preservação de nossas eleições. Recapitulando, para impedir supostamente manipulação eleitoral, uma empresa multinacional, exclui as páginas ao sem gosto, sem utilizar o argumento que tratava-se de “fake news”, ou seja, o Facebook não demonstrou um único motivo, apenas o motivo que justifica o meu argumento, o de manipulação eleitoral.

O “boom” das redes sociais se deu principalmente pelo motivo de disseminação igualitária de informação e não pela emissão de opinião própria. Imagine se uma operadora de celular cortasse as ligações ou mensagens de determinado viés político por não concordar com elas. Ironicamente a falta de transparência e receita levou a maior queda de valor nas ações do Facebook e de uma empresa listada na bolsa americana, no mesmo dia do ocorrido no Brasil – 20 bilhões em um dia. Chegou ao ponto de um jornal carioca emitir uma manchete informando que o Facebook teria excluído uma rede de “fake news” ligada ao MBL, isso sim é fake news, nem o Facebook fez essa afirmação em nenhum momento e mesmo que tivesse feito ainda assim seria questionável.

Fato é que o Facebook se tornou grande demais, parte imprescindível da liberdade expressão, passa por ser capaz de se manifestar no Facebook, a praça pública da vez, assim não deveria aplicar seus termos de forma como entende, deveria respeitar o direito ao contraditório, transparência e duplo grau de jurisdição, algum recurso. Antes da internet, o espaço público se resumia aos grandes jornais, quem não tinha alguém nos jornais não tinha espaço, por isso se criou o direito de resposta, ou seja, caso alguma ação equivocada seja executada contra você, você poderia se manifestar.

O ocorrido ainda vai render e muito… nos EUA o Facebook foi intimidado a resolver o problema que criou. De todo modo, é lamentável que as exclusões realizadas pelo Facebook tenham gerado tanta comoção, evidenciando que independente da opinião, a rede tem sido a fonte principal de desinformação.

O legado de Obama

A medida que se aproximava a despedida de Obama da Casa Branca, a mídia brasileira começava a soltar matérias sobre o legado do então presidente dos Estados Unidos, a maioria dos links que abri enalteciam qualidades um tanto quanto abstratas e que muitas vezes se resumiam em um discurso, somente.

Em um primeiro, momento me senti de certa forma alienado sobre o “legado” divulgado pela imprensa, logo fiquei tranquilo, pois conforme minha pesquisa fluía, minha percepção prévia do que foi o governo de Obama se confirmava.

Ao contrário da propaganda eleitoral de Obama, os Estados Unidos não tornou-se um país diferente.

Se há algum legado positivo a ser notado e lembrado é a pacificação e retirada de tropas americanas de países conflituosos, além da captura de Osama Bin Laden. Gerencialmente os Estados Unidos estão numa bagunça generalizada, a caramadagem com imigrantes gerou impactos que feriram grande parte da população e seu “American Dream”, com recordes de desemprego.

Há o notório rombo financeiro, estimado em US$ 19.9 trilhões, quase R$ 65 trilhões, este é o tamanho da dívida pública (“Daily History Of The Debt,” U.S. Department Of Treasury, accessado em  23/12/16).

US$ 9.2 trilhões é o aumento da dívida desde que Obama tomou posse (“Daily History Of The Debt,” U.S. Department Of Treasury, accessado em 23/12/16).

Aumento de impostos em US$ 1 trilhão, que prejudicou principalmente pequenos negócios, para que fosse custeado o “ObamaCare” em uma década (“ObamaCare: Trillion Dollar Tax Hike That Hurts Small Businesses,” U.S. House Of Representatives Committee On Ways And Means, de 31/03/2016).

A dívida pública aumentou 87% desde que Obama assumiu (“Daily History Of The Debt,” U.S. Department Of Treasury, accessado em 23/12/16).

O déficit comercial americano apenas no último ano foi de US$ 750 bilhões (U.S. Census Bureau, 27/12/16).

O crescimento anual do déficit comercial dos Estados Unidos com a China tem sido de US$ 99 bilhões desde que Obama assumiu o cargo (“Trade In Goods With China,” U.S. Census Bureau, 27/12/16).

Os salários tiveram queda média por hora de US$ 0,19 muitos acreditam que favorecido pela imigração, ou seja, mão de obra mais barata (“State Of Working America Data Library,” Economic Policy Institute, acessado em 27/12/16).

Mais de 301.000 postos de trabalhos perdidos em fábricas durante o mandato de Obama (Bureau Of Labor Statistics, acessado em 02/12/16).

Redução em 5% no número de americanos que se identificam como “classe média” (Frank Newport, “Americans’ Identification As Middle Class Edges Back Up,” Gallup, 15/12/16).

Redução do número de proprietários de casa própria em 4% desde que Obama assumiu (“State Of Working America Data Library,” Economic Policy Institute, 27/12/16).

A pequena média de crescimento do PIB na era Obama, de 2%  (Larry Light, “Obama’s 8-Year Economic Legacy: A Mixed Bag,” CBS, 23/12/16).

O impacto econômico de US$ 870.3 bilhões para execução de todas as novas regulações e regras burocráticas criadas desde que Obama assumiu a presidência (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, 27/12/16).

2.998 novas regulamentações criadas por Obama no decorrer de seus mandatos (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, acessado em 27/12/16).

Estima-se que a população gastou em torno de 583 milhões de horas preenchendo documentos apenas para contemplar novas regulamentações criadas pelo governo Obama (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, 27/12/16).

Legislações ambientais que custaram US$ 344 bilhões na era Obama (“Regulation Rodeo,” American Action Forum, acessado em 27/12/16).

As medidas de “energia limpa” tiveram o custo projetado de US$ 292 bilhões (H. Sterling Burnett, “Economic Analysis of Clean Power Plan Shows High Cost, Minimal Benefits,” The Heartland Institute, 02/12/15).

Devem ser fechados 280.000 postos de trabalhos com a nova legislação ambiental (“Economic Analysis Of Proposed Stream Protection Rule,” Ramboll Environ, 15/10).

Aumento dos custos de energia que variam entre 11~14% devido a regulamentação do “Clean Power Plan” criada por Obama (H. Sterling Burnett, “Economic Analysis of Clean Power Plan Shows High Cost, Minimal Benefits,” The Heartland Institute, 02/12/15).

Aumento de impostos em US$ 377 bilhões para manutenção do ObamaCare prejudicando a então classe média (Glenn Kessler, “Does ‘Obamacare’ Have $1 Trillion In Tax Hikes, Aimed At The Middle Class,” The Washington Post, 03/12/13).

2.3 milhões de americanos que no ano que vem só terão uma única opção de seguro de saúde no ano devido o ObamaCare (Cynthia Cox And Ashley Semanskee, Preliminary Date on Insurer Exits And Entrants In 2017 Affordable Care Act Marketplaces, Kaiser Family Foundation, 28/08/16).

41 estados americanos que tiveram aumento nas “franquias” dos seguros de saúde apenas em 2016 devido o ObamaCare (Nathan Nascimento, “The Latest Problem Under The Affordable Care Act: Deductibles,” The National Review, 12/04/16).

O aumento na dívida dos estudantes via crédito estudantil desde que Obama assumiu foi de US$ 690 Bilhões (“Student Loans Owned And Securitized, Outstanding,” Federal Reserve Bank Of St. Louis, 27/12/16).

O aumento em 98% do débito estudantil desde que Obama assumiu (“Student Loans Owned And Securitized, Outstanding,” Federal Reserve Bank Of St. Louis, 27/12/16).

A média de aumento dos custos nos cursos universitários públicos desde que Obama assumiu foi de US$ 8.390 (“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 26/10/16).

O aumento médio dos custos para alunos de universidades públicas na Era Obama, cresceu em 98% (“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 26/10/16).

O aumento na média dos custos para alunos de universidades privadas na Era Obama, aumento 23% (“Trends In College Pricing 2016,” The College Board, 26/10/16).

82.288 imigrantes ilegais criminosos soltos pela administração Obama apenas de 2013 a 2015. (Maria Sacchetti, “Criminal Immigrants Reoffend At High Rates Than ICE Has Suggested,” The Boston Globe, 04/06/16).

5.000 imigrantes ilegais a menos deportados no último ano pela administração Obama. (Rafael Bernal, “Deportations Under Obama Could Hit 10-Year Low,” The Hill, 31/08/16).

Obama pagou US$ 400 milhões ao Irã para a liberação de prisioneiros desse país patrocinador do terrorismo. (Elise Labott, Nicole Gaouette and Kevin Liptak, “US Sent Plane With $400 Million In Cash To Iran,” CNN, 04/08/16).

Dois milhões: O número de empregos que os EUA devem perder por conta do acordo Trans-Pacífico patrocinado e negociado por Obama (Robert E. Scott and Elizabeth Glass, “Trans-Pacific Partnership, Currency Manipulation, Trade, And Jobs,” Economic Policy Institute, 3/3/16).

Setecentos e dezessete “Deputados Estaduais” que o Partido Democrata perdeu pelo país desde que Obama assumiu. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 06/12/16).

Duzentos e trinta e um “Senadores do Estado” [Nota: nos EUA, estados também tem duas casas] que o Partido Democrata perdeu na era Obama (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 06/12/16).

Sessenta e três cadeiras perdidas pelo Partido Democrata na Câmara na era Obama (Jennifer E. Manning, “Membership Of The 111th Congress: A Profile,” Congressional Research Service, 12/23/09; “House Election Results,” The New York Times, 19/12/16).

Perda de dezoito Assembléias Legislativas Estaduais que o Partido Democrata passou a controlar na era Obama (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; “2016 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 06/12/16).

Doze governadores a menos do Partido Democrata desde que Obama assumiu. (“2009 State And Legislative Partisan Composition,” National Conference Of State Legislatures, 1/26/09; Jennifer Duffy, “Governors: 2017/2018 Race Ratings,” The Cook Political Report, 02/12/16).

Perda de 12 senadores que o Partido Democrata tinha no Senado desde que Obama assumiu. (Jennifer E. Manning, “Membership Of The 111th Congress: A Profile,” Congressional Research Service, 12/23/09; “House Election Results,” The New York Times, 19/12/16).

Queda de 4% de americanos que possuem casa própria desde que Obama assumiu o cargo. (“State Of Working America Data Library,” Economic Policy Institute, Accessed 12/27/16)

ZERO: O número de candidatos à Presidência que foram eleitos defendendo o legado de Obama. (The American People, 8/11/16).

Talvez esses motivos justifiquem ou apenas ajudem a entender a vitória de alguém como Trump, não há cantora pop ou atriz de Hollywood que tenha sentido na pele o efeito de um desses impactos da era Obama.

Acima de tudo Obama é uma ideia, de um “mundo melhor”, não para americanos do mundo real que estão endividados e desempregados, foi a estes que Trump soube se comunicar diretamente sem sentido figurado em defesa do “sonho americano”.

Já escrevi aqui o que acho sobre Trump, agora termino o que achei sobre Obama.

As diferenças da Direita e Esquerda

Atualmente temos ouvido se falar “esquerda” e “direita”, dentro do âmbito político brasileiro, mais do que nunca. Há ainda quem defina seu baseamento e crenças políticas, tendo como base exclusivamente estes vieses, muito antigos. Ainda hoje são aplicáveis? Representam a realidade na prática?

Essas ideologias sugiram no século 18, quando a então burguesia buscava minimizar os poderes do clero e da nobreza, com apoio da população mais pobre, na primeira etapa da Revolução Francesa. Já na Assembleia Nacional Constituinte, para se criar uma nova Constituição, os mais ricos não gostaram da interação dos mais pobres, preferindo assim não se misturar, separadas então no lado direito. Assim, o lado esquerdo foi ligado à luta pelos direitos dos trabalhadores, e o direito do conservadorismo e à elite.

Desta forma, dentro desta visão, a esquerda era presumida pela luta dos direitos dos trabalhadores e da população menos favorecida, participação de movimentos sociais e minorias. Já a direita seria representada por conservadorismo, comportamento tradicional, busca de perpetuação de poder e promoção do bem estar individual.

Com o tempo, ambas expressões foram utilizada em outros contextos;  como os partidários que se posicionam contra as ações do atual regime (oposição) seriam “de esquerda” e os defensores do governo em vigência (situação) seriam o lado “de direita”, independente dos partidos que estejam na oposição ou situação.

Filósofos contemporâneos acreditam que ambos lados realizam reformas, tendo como tênue diferença a busca pela promoção da justiça social pela esquerda, enquanto a direita lutaria pela liberdade individual.

Com a queda do Muro de Berlim, um novo cenário se abriu, com o extermínio da polarização URSS X EUA. Por isso hoje, ambas ideologias “esquerda” e “direita” parecem não cobrir a pluralidade política do século 21. Também não quer dizer que a divisão não faça sentido, talvez apenas queira dizer que “direita” e “esquerda” não tenham ideias fixas, para sempre, podendo definir ideais mutáveis de acordo com os tempos e situações.

Ambos em seus extremos, “esquerda” e “direita”, representam movimentos igualitários e autoritários, como comunismo e fascismo, respectivamente. A diversidade é tanta que minimizar conservadores, democratas cristãos, liberais, nacionalistas, social democratas, progressistas, socialistas democráticos e ambientalistas em direita e esquerda se torna uma árdua tarefa nos dias de hoje, ainda mais no Brasil.

Há ainda a posição de “centro”.

Esse pensamento na teoria consegue abraçar ideias do capitalismo e a preocupação com o social, além de maior tolerância e equilíbrio na sociedade. Podendo ainda estar mais alinhado com políticas de esquerda.

Tomar um posicionamento político apenas por meio do viés partidário, geralmente é uma armadilha cheia de estereótipos, já que esta visão binária não reflete a sociedade, suas contradições e complexidades. Não existe um ponto final comum de esquerda e direita, uma vez que existem várias esquerdas e direitas, associadas a uma grande gama de correntes políticas.

A dificuldade de se definir ou elencar tais diferenças talvez ainda sejam mais complexas no Brasil onde a particularidade da chamada “coalizão” consegue o milagre da unificação de elementos teoricamente tidos como diferentes, por meio de acordos partidários (geralmente para ocupar cargos no governo) e alianças (dificilmente em torno de ideias ou programas).

No final das contas, na prática, as diferenças teóricas servem somente para propaganda política.

Donald Trump

Candidato à presidência dos Estados Unidos, é mais do que um político apenas.

Ele é um alerta, um sinal de alarme, sua candidatura por si só, já mostra que a maioria silenciosa da América, a América dos imbecis, é uma grave ameaça ao mundo.

Trump atende ao desejo da insensatez, contra a racionalidade democrática, Trump é o que a América tem de pior; o amor à violência armada, o sentimento de excepcionalidade, de superioridade americana, branca, o imperialismo intervencionista, o ódio as diferenças, ódio aos imigrantes, ódio, só ódio!

A história comprova que o ódio pode ser fascinante, vide o inesquecível nazismo.

De certa forma, Trump é o castigo dos republicanos, desesperados com a exposição pública de suas ideologias reacionárias, ocultada sobre a aparência de conservadorismo. Trump é a caricatura dos republicanos.

Trump é o sintoma que agora quer bancar o moderado, com discurso mais ameno, mas sem exagero, é uma ameaça real à humanidade.
Pode incendiar com sua loucura todos os impasses da crise atual, com a lógica do machismo dos cowboys.

Trump deve ser o candidato preferido de Putin e Estado Islâmico, porque sabem que pode ser o “homem bomba” da América.

Quem é Dilma?

Há duas faces da presidente, que hoje passa pelo primeiro passo de seu impeachment; a votação na Câmara. Existe a imagem mitológica criada para a campanha eleitoral nunca antes divulgada (quando ministra), e a real, levantada por vários historiadores.

Para a campanha eleitorial; “energética, superguerrilheira, voluntariosa, nascida para comandar e conduzir, onisciente, que distribuía ordens e era respeitada por homens de alta periculosidade empenhados em derrubar a ditadura a bala, a coração valente”, hoje lendo esses adjetivos chega ser cômico, que resultaram na presidente mais ineficiente da história, incapaz de convergir e de fato governar.  Além do fracasso no âmbito público, pela história, tudo que Dilma conseguiu foi graças ao apoio de três homens: dois maridos e o ex presidente Lula. A biografia manipulada com o propósito de culto à personalidade, conforme prática de governos historicamente fascistas e/ou comunistas. Sua foto de sua ficha no Dops, estilizada no melhor estilo Andy Warhol, talvez na tentativa de construir um ícone como a foto famosa de Che Guevara, além da antonomásia “Coração Valente” copiada descaradamente da campanha da senadora alagoana Heloísa Helena.

Um dos guerrilheiros, Carlos Lamarca, no livro “Vultos da República” define Dilma como uma garota metida a intelectual. A grande conquista de Lamarca foi o roubo de quase 3 milhões do cofre da amante do governador paulista Ademar de Barros em 1969, que julgavam ser dinheiro do povo, tendo como desculpa a devolução da quantia para o povo, porém não há registro dessa devolução. Embora Dilma não tenha participado desta ação, chegou a comandar algumas, que talvez explique o fracasso, resultando em tantos militantes presos, inclusive ela mesma e o marido.

Em 1970 foi presa em São Paulo, na Operação Bandeirantes, com arma e documentos falsos. Porém não há relevância dela na história antes de 2000, o máximo que ocorreu foi em 1977 quando o Estado de S. Paulo publicou lista de 97 subversivos em que ela, Dilma, figura apenas como companheira de Carlos Araújo. Nenhum autor que escreveu sobre ditadura e os movimentos de esquerda tinha idéia de quem era ela. Nem mesmo no livro “Combate nas Trevas” de Jacob Gorender, que esteve preso com Dilma no mesmo presídio (Tiradentes) a mencionou. Quando a única testemunha de que tenha sofrido tortura seja ela mesma, uma pessoa que incluiu no currículo cursos jamais feitos, mestrado, doutorado na Unicamp, apagando a falsa graduação mais tarde do site da Casa Civil.

A própria Dilma, confessou não distinguir ficção de realidade, resumindo aqui em, “…você conta e se convence”.

Hoje crítica das delações da Operação Lava Jato, tudo indica que houve redução de sua pena em troca de alguns “companheiros”, como o seu amigo guerrilheiro Natael Custódio Barbosa, ao qual atraiu para um encontro que resultou em sua capturação pela polícia.

Já sobre a falida lojinha de “1,99”, particularmente achava que era estória, ficção pura, até que pesquisando encontro informações sobre sua existência que incluem a confirmação da própria presidente.

A história política começa quando, em 2003 para apaziguar os esquerdistas mais radicais da base aliada, o então recém eleito Lula nomeia Dilma para Minas e Energia, mesmo sem nenhuma experiência para o cargo, ou talvez por causa disso mesmo. Dois anos depois, José Dirceu renunciou a Casa Civil (Mensalão lembram?), quando Dilma assumiu seu posto.

A passagem por esses cargos deixou marcas que vão desde fábrica de dossiês fictícios contra José Serra, Alckmin e Ruth Cardoso, que viera a falecer alguns meses depois do dossiê contra ela, divulgado com o objetivo de amenizar a repercussão do escândalo dos cartões corporativos (já na era Lula), justo a Sra. Ruth reconhecida por grandes trabalhos sociais, até por mais ferrenhos opositores de seu esposo. E o conhecido temperamento peculiar, nada polido, educado e amigável, conforme o livro “O Lado B dos candidatos”.

Por fim, chego em Pasadena e a compra injustificável da usina lata velha, com a desculpa de que não conhecia as cláusulas de um contrato, que acabou obrigando a Petrobrás comprar o ferro velho, gerando perdas a empresa e aos acionistas. Ora, qualquer pessoa com conhecimento mediano sobre direito submeteria um contrato deste porte para uma análise jurídica.

Também não vou entrar no mérito dos recentes discursos da Presidente, que mal consegue se expressar quando falando por conta própria; mandioca, aborto, mulher sapiens, dentifrício…

Toda a história parece fazer sentido quando hoje, o Brasil tem 39 ministérios, muita gente (companheiros) para agradar e ineficiência generalizada.

Depois de campanhas nada democráticas, embora hoje o discurso de sobrevivência da presidente se fundamente nesse vago conceito que ela nunca respeitou, dados dossiês, ataques pessoais por meio de “anônimos” na internet, além das campanhas que tem até hoje seu financiamento questionado, chegamos ao impeachment.

No dia 07 de outubro de 2015, Dilma teve suas contas  rejeitadas unanimemente pelo TCU, deliberação que abriu caminho para um dos pedidos de impeachment mais bem fundamentados dos elaborados contra ela. Alguns dias depois, Eduardo Cunha, acuado por denúncias de corrupção, fez um pacto de mútua sobrevivência com o governo, rejeitando sucessivos pedidos de impeachment, 34 pedidos até aquele momento, em troca de apoio da governista para se manter no cargo. A bancada petista no entanto, violou esse acordo, dando continuidade ao processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética.

Em 02 de Dezembro de 2015, Eduardo Cunha acolheu o mais elaborado, fundamentado e complexo dos pedidos acumulados, que fora encaminhado por Hélio Bicudo, jurista, político e fundador do PT, isso mesmo, fundador do partido da presidente.

Superficialmente, essa é a história da Presidenta, que chegou ao poder sem nenhum histórico político, na base da indicação e sem saber se expressar. Poderia a situação atual ser diferente?

Agora 14 horas, prestes a começar a votação na Câmara.

Protestos pra que te quero!

Sempre tive certeza que vivemos dias que o reflexo da falta de educação é nítido. E falo de educação escolar mesmo. E que a solução do problema  vai muito além do salário dos professores. Não é novidade que o governo tem consciência da situação e não faz absolutamente nada para mudar.

Adiantar protestar? Adiantaria se tivesse um motivo genuíno, que realmente buscasse a raíz de todos os problemas. Na minha opinião, a educação seria este motivo. Por que agora temos que protestar? Porque não soubemos escolher os governantes, tão pouco fazer valer nossos direitos, porque lá em outubro votamos de acordo com a nossa conveniência pessoal, sem pensar no coletivo.

Educação, que desenvolva cidadãos críticos, com capacidade de pensar, argumentar, não é o forte do ensino brasileiro como um todo.  Pipocam nas redes sociais incentivos de protestos, mas para que? Depois da primeira semana, não era por R$ 0,20 mais. Francamente, virou um ”Oba Oba”. E o governo sabendo a real situação do povo brasileiro, veio com essa piada de Plebiscito, um governo sem autoridade, que não sabe distinguir certo do errado, que não tem capacidade de tomar as decisões corretas e necessárias. Que para tirar o peso das costas, inventa moda.

E educação de qualidade, não é a minimização da média de aprovação, tão pouco a maximização de bolsas ou cotas. Se o governo não sabe o que é, importe ideias, modelos…

O que escrever?

Quando senti que precisava escrever um novo ‘post’, não fazia a mínima que assunto abordar. A dúvida, não era por escassez, muito pelo contrário, pela a quantidade de acontecimentos relevantes que me chamaram a atenção nestes dois meses e meio deste ano.

De um lado os fenômenos espaciais que desde minha infância, eram objeto da ficção científica, meteoros, cometas… Os flagras no céu da Rússia que poderiam dar conta de qualquer cena de filmes do gênero como “Independence Day”, “Um Dia Depois de Amanhã”, e por aí vai.

A corrupção que ainda assola esse país, onde infelizmente a maioria dos governantes não procura de fato o bem estar da população. A culpa, é nossa, que votamos por conveniência, não cobramos resultados… Por outro lado, uma população ignorante, que não tem educação de qualidade como o poderia fazer?

O possível confronto dos Estados Unidos e a Coréia, que ao afirmar ter armas atômicas, se tornou “inimigo do mundo”. Só os Estados Unidos as podem ter… E parece que a imparcial Organização das Nações Unidas aprova a ideia.

A seca que mais uma vez começou a demonstrar no “país tropical” que as obras super faturadas e mal planejadas do Rio São Francisco farão muita falta, lugares inabitáveis, onde nada se desenvolve, por não haver uma gota de água.

E o Bento XVI? Uma renúncia que não cola, pelas justificativas dadas, uma vez que o “cargo” é vitalício. Notícias pipocando por todos os lados demonstrando a política, jogo de interesses por trás da maior organização religiosa do mundo.

O tiro no pé da Apple que ao processar a Samsung, desgastou a própria imagem e começou a atestar que o processo  em si era uma justificativa para a falta de capacidade de inovar de fato, do iPhone 4 ao 5, as mudanças foram efêmeras.

Queria tanto falar muito de cada um destes pontos, mas estes já estão bem sabatinados e de certa forma não são surpresa.

Prometo, vou escrever mais seguido!

Parabéns São Paulo!

Hoje é o aniversário da maior cidade do Brasil, 457 anos. Uma das cidades mais ricas do mundo e sem dúvida a com maior PIB do país. Nesta data tão “especial”, além dos parabéns por mais um ano, gostaria de pensar sobre o quão sustentável seu crescimento é, entra governo e sai governo e nada muda, pra melhor, claro!

O lado bom da cidade são as oportunidades e opções que oferece, incomparável a qualquer outra.

Vejo nitidamente a forma como São Paulo aceita, depende e se orgulha de ser misegenada, lá tem gente de todo canto do Brasil e do mundo. Por exemplo, ao contrário do Rio, nunca senti em São Paulo algum tipo de preconceito aos nordestinos, lá há consciência que eles foram fundamentais para a metrópole que é hoje. Pode parecer redundância, mas São Paulo tem os mesmos problemas estruturais de qualquer cidade do interior do nordeste, da Bahia por exemplo. Ambos cenários são similares pela falta de investimentos, embora um seja mais rico que o outro. Talvez isso explique a ausência de preconceito…

O contra senso é a falta de estrutura, que parece piada para o porte que a cidade tem. Não é novidade para ninguém que não pode chover na então terra da garoa, porque ninguém consegue sair do lugar. De carro esqueça, você não sai do lugar sem chuva também… Os dois aeroportos então são um show a parte, sucateados, cenas de acidentes pelo nítido caos aéreo que tomou conta de Congonhas, principalmente. E o ar cinzento da cidade? Devido as emissões descontrolada de poluentes pelas indústrias “responsáveis” pelo crescimento. A cidade é muito boa para se morar, desde que você não faça parte dos 30% da população que mora em favelas, cortiços e loteamentos clandestinos. Em São Paulo também temos o maior esgoto a céu aberto do mundo, o “Rio” Tietê.

Pensando bem, no final das contas acredito que quem merece os parabéns são os sobreviventes da selva, paulistanos “originais” ou não, meus parabéns por viver na cidade que São Paulo se tornou, uma cidade grande, com problemas maiores ainda! Vocês são guerreiros!

Récorde de empregos…

Hoje li uma matéria sobre uma “manobra” ou fraude, como preferir, praticada pelo Governo Federal, o caso resume-se basicamente  na antecipação de algumas informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que seria divulgada apenas em maio, e acrescenta dados de contratações do serviço público e as informações atrasadas de celetistas. Sem os números antecipados, o resultado foi de criação de 2,136 milhões de vagas com carteira assinada.

Diferença considerável dos valores, de 2,524 milhões…

De acordo com o Ministério de Trabalho, para aprimorar as estatísticas do Caged e retratar com “maior fidedignidade e realidade o mercado de trabalho formal”, a partir desta divulgação será adotado o critério de acrescentar à liberação dos números os saldos de empregos obtidos a partir dessas declarações entregues fora do prazo. “Esse procedimento visa reduzir a distância entre os dados divulgados com base na Rais e aqueles oriundos do Caged”, justifica o Ministério em nota.

Acho admirável como o brasileiro é subserviente, subdesenvolvido, subeducado e tem espírito de vira-lata. É enganado abertamente e dá 80% de aprovação! Se enche de remédios para se acalmar, vive com um salário mísero e fala que é feliz e otimistas para as pesquisas.

Tenho certeza que alguns que lerem esse post aplaudirão qualquer falcatrua ou fraude feita pelo governo. É por isso que o Brasil é emergente somente no papel, no abstrato, no câmbio e na imaginação de alguns.

Quero ainda dizer que não sou da oposição, seja qual fosse o Presidente o cobraria da mesma forma, porque independente da “legenda”,  são todos farinha do mesmo saco e jamais fariam 1/3 do possível pelo povo. O que me revolta é a população que não quer ver, alegando que “sempre foi assim”, isso é justificativa? Tamanha conformação é reflexo dos anos de educação extraordinária que os sucessivos governos ofereceram a população.

Nunca se conforme, com o quer que seja e mudança sempre é algo benéfico, a não ser se você é um beneficiado pela “manobra”…