Dentre tantas questões que acontecem na sociedade atual, há inúmeras opções, as quais as pessoas expressam suas ideias, opiniões e convicções em racionados caracteres, que tendem ser superficiais e pobres de argumentos, além de desfavorecer por comodidade a troca de conhecimento e convicções, como caminho de percepção do mundo do outro, permanecendo como foco o próprio umbigo.
Basicamente, as pessoas criam pra si uma comunidade pré estabelecida por sentimentos comuns. E no mundo on line a rede pertence ao usuários, seus amigos, seus seguidores, onde é possível gerenciar amizades, ao seu bom gosto, até mesmo controlar as pessoas com as quais você se relaciona.
Poderoso, o indivíduo se sente melhor, porque a solidão é a grande ameaça nesses tempos individualistas em que o ego é primordial, como sinalizador de uma falsa personalidade forte. Com toda essa facilidade de adicionar e excluir amigos, as habilidades sociais não são mais necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, no trabalho, ao encontrar pessoas que precisamos ter razoável interação social, onde enfrentamos dificuldades de desenvolver diálogo e troca de ideias.
Além da supremacia social nas redes, essas podem ocasionar uma experiência mais superficial no mundo real, onde conviver, discutir ideias opostas não são vistas como algo prazeroso, proveitoso ou conveniente. A impaciência por não existir o imediatismo com que o poder on line permite de praticamente impor seus pensamentos, cabendo aos outros simplesmente curtir, porque qualquer discordância é sinônimo de inimizade, os impactos são mais amplos.
O real diálogo, que acrescenta, não é para falar com gente que pensa como nós.
As redes sociais, ao contrário do que se pensa, não ensina ninguém a conviver ou dialogar, porque é muito fácil evitar qualquer adversidade ou controvérsia. E dentro deste contexto, as pessoas, de uma forma geral não usam as redes para crescer, para ampliar horizontes, perceber outras realidades, mas ao contrário para se fechar em uma conveniente zona de conforto, onde o único som que ouvem é o eco de sua própria voz por meio de retuites, curtidas… além do reflexo de suas próprias idéias, ideais e comparativo com a vida alheia. Redes sociais podem ser muito úteis, oferecem muitos serviços, mas podem ser uma grande armadilha.
Como uma faca de dois gumes, não fossem as redes sociais, jamais teria encontrado seus textos ou o site.
Além disso, mostram o quão vazio algumas relações podem se tornar quando online.
Estamos alienados e alienando, realmente apaixonados pelo reboliço gerado pela nossa própria voz, ou, como você colocou, nosso eco.
Gosto das redes para ter essa troca de idéias, mas quase todas as vezes, parece que a replica e tréplicas são rasas demais.
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