Sempre tive certeza que vivemos dias que o reflexo da falta de educação é nítido. E falo de educação escolar mesmo. E que a solução do problema vai muito além do salário dos professores. Não é novidade que o governo tem consciência da situação e não faz absolutamente nada para mudar.
Adiantar protestar? Adiantaria se tivesse um motivo genuíno, que realmente buscasse a raíz de todos os problemas. Na minha opinião, a educação seria este motivo. Por que agora temos que protestar? Porque não soubemos escolher os governantes, tão pouco fazer valer nossos direitos, porque lá em outubro votamos de acordo com a nossa conveniência pessoal, sem pensar no coletivo.
Educação, que desenvolva cidadãos críticos, com capacidade de pensar, argumentar, não é o forte do ensino brasileiro como um todo. Pipocam nas redes sociais incentivos de protestos, mas para que? Depois da primeira semana, não era por R$ 0,20 mais. Francamente, virou um ”Oba Oba”. E o governo sabendo a real situação do povo brasileiro, veio com essa piada de Plebiscito, um governo sem autoridade, que não sabe distinguir certo do errado, que não tem capacidade de tomar as decisões corretas e necessárias. Que para tirar o peso das costas, inventa moda.
E educação de qualidade, não é a minimização da média de aprovação, tão pouco a maximização de bolsas ou cotas. Se o governo não sabe o que é, importe ideias, modelos…
Curiosamente é o mesmo que se passa no ensino português. Ao contactar com alunos anglosaxonicos apercebi- me da importância dada ao desenvolvimento da argumentação critica, fundada no conhecimento e no questionar dos dogmas científicos. Mas penso que nao era o ensino o responsável mas sim a educação que demos aos nossos filhos. O sistema patriarcal versus sistemas humanos e globais onde se aprende a tolerar e questionar o respeito pela diversidade.
Sempre há um sistema querendo estar no controle supremo.