Eleições 2022

Essa postagem é a que há mais tempo está parada, aguardando publicação, fazem parte dela fragmentos que escrevi durante a lava jato, pandemia, guerra e muito micro momentos entre esses eventos. Para muita gente, já tive a oportunidade de dizer muita coisa do que penso, então para esses os primeiros trechos possam soar repetitivo.

Particularmente, não vejo perspectiva de melhoria para o Brasil, já assimilei que vou morrer sem ver o Brasil melhorar, e quando falo melhorar é substancialmente, para valer, sem medidas popularescas insustentáveis. Melhorias que eventos externos não abalam, como, por exemplo, educação de qualidade e igualitária. No Brasil não há nenhuma das duas coisas, em qualquer índice de qualidade de ensino, estamos na rabeira desde sempre. O exemplo da educação, não foi à toa, acredito ser a raiz de todos os problemas ou seria a solução destes se fosse de qualidade, clichês como “manter a população na ignorância, por conveniência” se demonstram tão reais, passam de geração a geração, os estragos são incalculáveis, hoje, comumente se mensura a qualidade de um governante, pelos shows, carnavais e isenções que propicia. Quando tomam alguma atitude, relacionada à educação (para seguir o mesmo exemplo), é somente como medida populista, de cunho superficial, sem atacar de fato a raiz do problema, assim é com a educação, bem como com saúde, infra estrutura…  

O Brasil vive um ensaio democrático, a meu ver, longe de ser democracia, que aqui é vista tão somente como a obrigação de votar, sim, aqui é um dos poucos países que é obrigatório votar. O motivo? Seguindo o clichê exemplificado no parágrafo anterior, cumprindo assim o plano de poder. E esse círculo vicioso já perdura há gerações, não vejo mudança drástica no longo prazo, corroborado pelo cenário atual, em que temos dois extremos (também por conveniência mútua), um alimenta o outro, um não existiria sem o outro. A democracia no Brasil é algo tão singelo e frágil, objeto de dois golpes, de Getúlio Vargas (que pouca gente sabe, porque vive numa bolha) e posteriormente dos militares, leis, as quais são relativizadas a depender do réu, como ter esperança? Acredito que só é possível ter esperança alguém totalmente desligado ou favorecido por essas questões. E não ter esperança não significa depressão, tristeza, muito pelo contrário, é ter consciência de que qualquer mudança em minha vida depende de mim. Hoje, por exemplo, segundo turno entre Lula e Bolsonaro, independente de quem ganhe, vou ter que continuar “ralando” e muito.

Falando nessas eleições de 2022, neste segundo turno, o último debate, no Jornal Nacional, foi o único que assisti, porque me recusei a ver esse show de horrores, mas mesmo assim, foi uma grande perda de tempo, porque tem algo que não tolero, subestimarem minha inteligência, que não é grande coisa.  “Lula dizendo que foi absolvido? Só se for pelo Bonner… Acho que o Bonner vai ser indicado para um impossível governo teu para ser ministro do Supremo Tribunal Federal”, disse Bolsonaro no enfático debate. E muitas pessoas se perguntam Lula foi absolvido ou não? O ex-presidente Lula não foi absolvido das condenações contra ele. As condenações foram anuladas por motivos técnicos e não foram reavaliadas e julgadas por outro magistrado porque o processo prescreveu, no Brasil idoso não responde a crimes. O réu só pode ser considerado absolvido se provado que ele não cometeu nenhum crime, ou seja, é necessário que haja julgamento. Votou no Lula? Ok. O voto é seu. Agora, falar que ele foi absolvido, que ele não fez nada, se poupe. Da mesma forma, quem fala que não tem corrupção no governo Bolsonaro é no mínimo inocente ou tá se fingindo de bobo. Racionalmente gastam milhões em uma campanha para ganhar menos de trinta mil reais por mês, a conta não fecha (oficialmente), você realmente acredita que alguém quer ser presidente para salvar os pobres? Não gosto de nenhum dos dois candidatos. Para mim, é escolher o menos pior. Sim, e remetendo ao segundo parágrafo, não haverá milagres. E se você acha que isso é ficar em cima do muro, ser isentão, eu não tô nem aí!

Porque no meio de tanta gente que escolhe um lado só para se enquadrar em uma panelinha, se sentir parte de um grupo, eu prefiro ser sincero e não me sentir representado por nenhum dos dois.

Mas vamos lá, sobre o último debate do segundo turno de 2022, lamentável, né? É engraçado ver a reação da galera nos prédios. Gritos a cada resposta. Parecia jogo de futebol. As pessoas estão realmente muito doidas comemorando falas de político e como eu disse, além do clichê da ignorância, tendo “pão e circo” basta. É triste. É triste ver a situação do país com dois candidatos desse nível. Aí você fala qualquer coisa, você está errado. Ah, Bolsonaro, “você é fascista”, você é Lula, “vai para a Venezuela”. Ouvi muito dizerem que sou “isentão”, porque me recuso a cair num movimento de massa que, a meu ver, sempre é burro. Me recomendaram sair do país, olha se eu pudesse, nesse momento estaria bem longe.

As pessoas perderam o respeito, a noção. A situação chegou em um nível onde amigo tira a vida de amigo por política, família, casais se separam, por política, o tio já não vai mais no churrasco de família. Seria bom se as pessoas tivessem estudando sobre política, mas não estão, afinal a grande massa não sabe interpretar um texto (a educação de novo). Elas estão torcendo por times, no caso partidos, comemorando gol de atacante, no caso, falas, lacração de candidato em debate. Aí você pergunta pro cara que coloca foto do político de estimação no perfil dele; o que faz um deputado? Qual projeto de lei o seu candidato está propondo? Aí o “meu” candidato que não presta, mas ele nem conhece o dele.

Muita torcida, pouco conhecimento sobre o assunto e muitos memes em redes sociais, que já provaram ineficiência total. Claro que tem muita gente que sabe o que está falando, mas muitas vezes utiliza de seu conhecimento para influenciar, alienar e não esclarecer a maioria que não sabe. E antes de me culpar, olhe no espelho, o que lhe motiva a votar? Você estuda política? Você sabe pelo que você está brigando? Você sabe exatamente o que você está falando? Ou você é só mais um papagaio compartilhando coisa do seu candidato, coisas que seu grupo compartilha? Já parou para pensar nisso? Isso aqui vai muito além de Lula e Bolsonaro, a lavagem cerebral que os mais aficionados sofrem dos dois lados.

Ouvi muito coisas do tipo “falou, falou, falou e não falou nada”. Em quem você vota? Vai mudar alguma coisa, dizer quem eu vou votar? Em qual menos pior eu vou escolher? Mais um pro nosso lado? Ou mais um inimigo? Isso é patético, atestado de burrice. Por exemplo, já terminei relacionamentos por esse tipo de coisa, não consigo conviver com gente que não lida bem com opinião contrária, com gente burra, de novo, não tem nada a ver com a escolha em si, Lula ou Bolsonaro, mas tem a ver com alienação, desequilíbrio mental, extremos e generalizações e esse tipo de coisa uma hora vai influenciar na convivência.

Bom domingo.

Encontros Felizes

Certa vez li um texto sobre “encontros felizes”. A ideia era de não menosprezar as oportunidade de viver. De repente, no primeiro dia do ano me lembrei dessa lógica, que realmente parece tão lógica, no sentido literal, mas que ainda deixamos muitas vezes de praticar;

Assim, vá aos encontros felizes… Pode ser complicado, difícil e caro. Pode ser uma viagem longa, cansativa e morosa, mas “vá!”

Tem aniversário de 80 anos da tia? “Vá!” Aniversário do filho de alguém? “Vá!” Encontro de 15 anos da formatura? “Vá!” Amigo secreto entre amigos, casamento do primo? “Vá!”

Pega o carro, ônibus, avião… ou peça carona! Fica no hotel, na tia, na pensão ou no hostel! Parcela a passagem! Dá um jeito! Sabe o porquê?

Porque nos encontros tristes provavelmente você irá e se arrependerá de não ter ido aos encontros felizes.

Quando alguém morre todos vão, ou no mínimo lamentam. Por protocolo, por obrigação ou por amor (e dor). As pessoas vão, se esforçam, pedem folga, cancelam a reunião, transferem as entregas. Todos se reúnem, se abraçam para chorarem juntos. E é até bonito. E é bom que seja assim.

Mas é o ideal é que seja assim também nos momentos felizes. É bom estar junto nas comemorações, nas conquistas por menores que sejam, nas festas que brindam a vida! Dando risada, relembrando histórias, deixando-se levar pela alegria despretensiosa dos bons momentos.

Assim vamos juntando as peças na melhor coleção que a vida tem a oferecer: Os encontros felizes. Como diria Roberto Carlos; “o importante é que emoções eu vivi”, temos que buscar o equilibrio, viver tantas emoções boas, quanto as indesejáveis que virão aquém de nosso controle ou querer.

Sem paciência!

Não vou mais ter paciência com certas coisas, não porque me tornei arrogante, mas simplesmente porque atingi um certo em minha vida onde não quero mais gastar tempo com o quem não me agrada ou me machuca. Não tenho mais paciência para cinismo, críticas excessivas, ou qualquer demanda fútil de qualquer natureza. Perdi a vontade de agradar quem não gosta de mim, para amar que não me ama, para sorrir pra quem não sorri para mim.

Não gastarei um único minuto para aqueles que mentem, ou querem me manipular, decidi não coexistir mais com pretensão, hipocrisia, interesse, desonestidade e elogios baratos. Não tolero mais erudição seletiva, arrogância acadêmica ou intelectual.

Não vou ajustar um milímetro para ser aceito, odeio conflitos ou comparações. Acredito num mundo de opostos e é por isso que evito pessoas intransigentes e com personalidade inflexível, falta de lealdade e traição. Não quero a presença de pessoas que não sabem dar um elogio sincero, ou um encorajamento.

Exageros me aborrecem, cansam e chateiam. Tenho também dificuldade em ter alguma consideração em pessoas que não gostam de seus pais e de animais.

Pra fechar, o mais importante de tudo, não tenho paciência com ninguém que não mereça minha paciência.

 

Facebook e o combate à “fake news” ou censura?

No dia 24 de Julho o Facebook excluiu quase 200 páginas e tantos outros perfis pessoais que segundo a empresa constituía uma rede falsa de notícias com a intenção de causar divisão e confusão, basicamente. O Ministério Pública Federal exigiu uma lista de todas as exclusões, bem como o motivo de cada uma. O ocorrido ascendeu o debate dos limites de uma empresa privada, bem como os limites do Estado em questões como esta. O Facebook pode aceitar só quem ele quiser?

Antes de tudo, é muito difícil fazer uma análise sem ter clareza de todos os fatos. Acredito que essa seja a maior crítica ao Facebook, que não possui regras claras, não subjetivas. As ações do Facebook têm sido no Brasil e exterior muito pouco transparentes e um tanto quanto genéricas. Assim se torna muito difícil fazer uma análise correta e independente do ocorrido. Além disso foi uma decisão sem precedente, baseada em argumentos de que estariam causando divisão ou desinformação, se a empresa começar a arbitrar, o que é correto, o que causa desinformação se torna uma cenário muito perigoso, uma sinuca que acredito que o Facebook não quer estar. A decisão foi errada também na falta de transparência com as pessoas que tiveram suas páginas e/ou perfis excluídos, neste âmbito o YouTube tem um comportamento totalmente diferente, avisa antes, adverte e ao excluir, demonstra as razões exatas da ação, bem diferente ao rito sumário do Facebook, em praça pública. Combinando essas razões ao fato de somente terem sido excluídas páginas de um espectro político específico, fazem com que de certa forma sejam justificáveis as teorias nem tanto conspiratórias de censura.

politics

A falta de opacidade e o viés ideológico levam a construção do discurso de censura e com razão, bastando fazer qualquer comparação de como ocorria no Brasil a ação de censura. Nos Estados Unidos ficou explícito que o Facebook tem alinhamento mais progressista, sofrendo pressão inclusive de seus pares progressistas, o senador Ted Cruz colocou Zuckerberg contra a parede, lá a narrativa de toda a imprensa “mainstream” é de que tem sido vitória contra as “fake news”. A grande mentira dessa narrativa é que vende a ideia de que antes de Trump, todos os presidentes eram muito honestos. Por exemplo, Obama durante seu primeiro mandato foi aclamado pelo seu uso de redes sociais, como atuação mais próxima do público, o mesmo motivo serve para desmoralização de Trump. Outra situação que causou muito impacto no EUA, foi de que supostamente a Rússia teria interferido nas eleições americanas, aqui no Brasil faremos o que com uma empresa multinacional americana, o Facebook, interferindo nas eleições? Me refiro a interferência eleitoral, porque as principais figuras da esquerda comemoraram a ação, com o argumento de que a exclusão teve como objetivo a preservação de nossas eleições. Recapitulando, para impedir supostamente manipulação eleitoral, uma empresa multinacional, exclui as páginas ao sem gosto, sem utilizar o argumento que tratava-se de “fake news”, ou seja, o Facebook não demonstrou um único motivo, apenas o motivo que justifica o meu argumento, o de manipulação eleitoral.

O “boom” das redes sociais se deu principalmente pelo motivo de disseminação igualitária de informação e não pela emissão de opinião própria. Imagine se uma operadora de celular cortasse as ligações ou mensagens de determinado viés político por não concordar com elas. Ironicamente a falta de transparência e receita levou a maior queda de valor nas ações do Facebook e de uma empresa listada na bolsa americana, no mesmo dia do ocorrido no Brasil – 20 bilhões em um dia. Chegou ao ponto de um jornal carioca emitir uma manchete informando que o Facebook teria excluído uma rede de “fake news” ligada ao MBL, isso sim é fake news, nem o Facebook fez essa afirmação em nenhum momento e mesmo que tivesse feito ainda assim seria questionável.

Fato é que o Facebook se tornou grande demais, parte imprescindível da liberdade expressão, passa por ser capaz de se manifestar no Facebook, a praça pública da vez, assim não deveria aplicar seus termos de forma como entende, deveria respeitar o direito ao contraditório, transparência e duplo grau de jurisdição, algum recurso. Antes da internet, o espaço público se resumia aos grandes jornais, quem não tinha alguém nos jornais não tinha espaço, por isso se criou o direito de resposta, ou seja, caso alguma ação equivocada seja executada contra você, você poderia se manifestar.

O ocorrido ainda vai render e muito… nos EUA o Facebook foi intimidado a resolver o problema que criou. De todo modo, é lamentável que as exclusões realizadas pelo Facebook tenham gerado tanta comoção, evidenciando que independente da opinião, a rede tem sido a fonte principal de desinformação.

Os protestos no Globo de Ouro e na França

        De cara, quero dizer que acho magnífico existirem duas expressões sobre o assédio que mulheres têm sofrido, as últimas expressões antagônicas foram: as atrizes no Globo de Ouro, contra os violentadores, estupradores (não contra os homens) e a manifestação francesa, talvez liderada por Catherine Deneuve, que também serve de alerta para não esquecermos que há muitas “cores” para esta temática. Claro que nenhum de nós pode aceitar a violência, simbólica ou física.

            Vale a pena salientar que o manifesto francês em nenhum momento desqualificou o que ocorreu no Globo de Ouro, apenas diz que a questão é muito complexa para que seja olhada somente de um lado, neste sentido essa é uma conversa muito boa para ser pensada. O filósofo Tom Regan disse certa vez que: “Quem exagera o argumento, prejudica a causa”. Por isso o manifesto que surgiu na França é extremamente válido.

            Claro que há um peso maior no protesto ocorrido dentro do Globo de Ouro, neste momento que tantas mulheres sofreram este tipo de situação. No entanto, não desqualifico o que se fez na França, que em nenhum momento defendeu o assédio, o que faz é dar uma gradação menos agressiva ao que chamamos de “paquera”. Expressão por sinal, de origem muito machista; homens que permaneciam na beira do rio esperando uma paca para então caçá-la.

            Então a manifestação de Hollywood nos serve como alerta para que não fechemos os olhos para o que tem acontecido, algo que é cruel e criminoso. Mas também não esqueçamos de palavras que estão no manifesto francês, que chamam nossa atenção para que não se descambe para um movimento percussionista, no sentido de chamar a atenção, fazer barulho, acabando com um dos modos de presença humana.

            Curiosamente a arte francesa, em especial o cinema francês é visto como mais licencioso, enquanto a perspectiva norte americana mais puritana, justificada pela origem do país. Tanto que se usa em inglês, a expressão “beijo francês” para se definir um beijo mais sensual. Particularmente gosto muito desse tipo de discussão que nos tira da zona de conforto. Se estou no lado de Oprah ou de Catherine? Quero estar no lado do bom senso e com isso não pensem que estou em cima do muro, onde não estou, tão pouco estou relativizando assédio, apenas comparo as últimas retóricas que causaram amor e ódio na última semana.

            Há ainda pessoas que se dizem com receio de se aproximar de outras pessoas, depois dessas denúncias e protestos tão ferrenhos que por momentos despertam nas pessoas o sentimento de uma guerra dos sexos, ao invés da causa em questão. Acredito que em todo período transicional, como este que vivemos, exige cautela, um terreno nebuloso visto que não temos toda a clareza para definir o comportamento ideal, ou aceitável, por isso defendo o bom senso.

           Por exemplo, com o surgimento das redes sociais surgiram em todo o canto manuais de boas maneiras neste universo, como deveríamos agir, até mesmo digitar, usar ou não letras maiúsculas etc. Hoje essa questão já não é debatida, foi superada. Agora a discussão é sobre nossa conduta na convivência com modos da nossa sexualidade. Essa é uma fase de passagem, até que seja construído novos territórios.

             Vejo assédio como um desejo de poder, no sentido de cercar alguém, sufocar alguém, o que é diferente de paquerar, a qual necessita de reciprocidade para progredir. O assédio é o desejo de usar um poder, ou o desejo de ter o poder sobre alguém, independente de o assédio ser sexual ou não. No entanto, quem precisa recorrer ao assédio para convencer alguém, atesta uma demonstração de fraqueza ao invés de poder. Ou seja, para conseguir os objetivos que não conseguiu por méritos próprios, o assediador recorre a outros recursos, estes psicológicos, emocionais, financeiros, etc. Um atestado de falta de competência, habilidade e inteligência.

               Nessa hora o assédio tem que ser recusado de maneira intensa e extensa, esse tipo de debate é extremamente necessário, para construir um novo “Marco Civil”. Como diria Guimarães Rosa, “não convém fazer escândalo de começo”.

Deseja um próspero Ano Novo?

Nenhum ponteiro marcando meia noite transforma desejos em realidade.

Nenhuma queima de fogos promete um futuro iluminado.

Nenhum novo ano garante nova vida.

Se o coração deseja mudanças é preciso fazer trocas que vão além de datas.

É preciso enjeitar medos e assumir desafios.

Driblar velhas práticas e aventurar-se em novos voos.

Deixar de ansiar passivamente que os meses pósteros surpreendam para surpreender a si mesmo.

Acreditar e prosseguir.

Sonhar e decidir-se.

Se o coração realmente almeja um novo tempo é tempo de fazer acontecer.

Desejo a você coragem e tempestividade!

O custo da liberdade

O custo da liberdade que me refiro aqui não é àquele de uma pessoa que está detida, que está em uma penitenciária, ou prisão provisória, pelo menos não em uma prisão física.

Mas a pessoa que tem ou não liberdade de opção, de julgamento, de escolha e de juízo, de tudo aquilo que se faz e tem um custo, a responsabilidade implícita. O maior patrimônio de cada cidadão é a liberdade, a decisão que faz sobre si mesmo, de si mesmo e por isso há um certo medo à liberdade. Uma vez que, quem livre é precisa saber que a responsabilidade do resultado das escolhas que faz é da própria pessoa que as realiza.

George Bernard Shaw, dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês, Nobel de literatura em 1925, com seu clássico “Homem e Super Homem”, dizia que; “liberdade significa responsabilidade, por isso que tanta gente tem medo dela”. Ou seja, avocar, defender, combater é ser verdadeiramente livre, assumir a responsabilidade daquilo que fala, acredita, defende e pratica, por isso a liberdade não pode ser leviana ou frágil.

Muita gente, disso tem medo, não seja um destes, assuma suas responsabilidades para que seja de fato livre.

De volta para o futuro

Se você pudesse voltar no tempo e mudar uma coisa na sua vida, você mudaria?

Já se perguntou se não são esses momentos que nos fazem? Que formam quem nós somos. Ou você acredita que somos nós que fazemos os momentos em nossas vidas?

Se mudasse, pode afirmar com certeza absoluta que essa mudança tornaria você e/ou sua vida melhor(es)?

Essa momento que pode querer tanto mudar, não acabaria acontecendo novamente mais cedo ou mais tarde? Não acabaria magoando alguém?

Escolheria mesmo um caminho totalmente diferente? Ou mudaria uma coisa apenas, um único momento talvez.

Aquele momento que você sempre quis trazer de volta porque não soube aproveitar.

É assim que a gente cresce, infelizmente.

Deus me livre!

Que Deus me livre, de gente negativa, de gente tóxica.

Dos sorrisos meia boca, da falsidade, do amor que não eleva, da paz que não reina e do que não é recíproco, de toda superficialidade.

Que não me falte forças e que Deus me contemple somente com o que for meu por direito.

Que não falte forças para lutar, determinação suficiente para não recuar.

Que continue conquistando meu espaço e que permaneça próximo somente gente de bem, de sorrisos fartos e verdadeiros, de corações generosos e excessiva humildade.

O resto, não faço questão e não sinto falta.

Minimalismo

Há alguns anos atrás por meio da empresa a qual trabalho, tive a oportunidade de participar de um dos cursos mais úteis dos quais frequentei, de “Lean”. Para quem não sabe, “Lean” é uma técnica originária da Toyota, a qual se refere a eliminação máxima de desperdício, seja por excesso de processamento, espera, super produção, defeitos e inventário.

Em determinado momento do treinamento, foi abordado aplicações, com exemplos na vida pessoal, no quarto, no guarda roupas, etc. Desde então tenho maximizado aplicações em minha vida, além da vida profissional, a partir do momento que comecei a escrever este post, comecei a imaginar novas possibilidades, mesmo depois de alguns anos aplicando, é algo constante!

Logo após o curso, lembro que a primeira vítima da minha empolgação foi uma parede com uma estante gigantesca cheia de discos em DVDs e Blu Rays. Concluí que o tempo que eu levava, no mínimo uma vez por mês, para manter limpo, livre de pó toda essa coleção, era muito tempo, tempo perdido. Por impulso, eliminei as caixas plásticas de cada filme e show, guardando apenas os discos, o que reduziu a necessidade da própria estante e de limpeza.

Porém esse meu impulso, como todos impulsos, não foi planejado, a mudança poderia ter sido ainda mais brusca e eficaz, mais otimizada, pois desde então, anos atrás, não lembro de ter assistido mais de dois discos. Em suma, poderia ter me desfeito de grande parte dos discos e suas caixas. Sim, é possível eliminar agora, mas muito mais difícil sem as devidas caixas, com elas poderia unir o  “útil ao agradável”, vendendo os filmes e shows.

Tenho um “elefante branco”, até hoje, por falta de planejamento!

Já me peguei pensando em jogar alguns no lixo, para que tenham a idéia do fardo que se tornou, ainda mais com o advento dos serviços de “streaming”.

De lá pra cá, eliminei e alterei muita coisa, tanto no quarto, guarda roupa, sala, cozinha, mesa de trabalho… Não consigo me imaginar vivendo bem com minha vida na configuração anterior, É incrível, posso olhar meu guarda roupas daqui dois meses e aparecerão mais coisas sobressalentes.

Assisti ontem, um documentário constante na Netflix, sobre Minimalismo, deixarei o “link” no final do texto, o qual amplia o âmbito do “Lean”, eleva-o para questões reflexivas como filosofia de vida.

Neste documentário, eliminar o excessivo, viver com o necessário, não significa passar necessidades, tão pouco tornar-se um monge ou ermitão, significa deixar de lado o consumo excessivo e desenfreado, poluição interna em casa, agregando assim qualidade de vida.

Rotineiramente, adquirimos coisas que não usamos, pois indiretamente essas coisas são como consolo, ou justificativa para o trabalho árduo, uma auto premiação. Espero que assistam o documentário porque não pretendo demonstrar “spoilers” por aqui, o qual se aprofunda de maneira esclarecedora nesta questão.

Viver desta forma, possibilita que se viva dando valor ao que realmente importa, amando pessoas e não coisas e materialmente, menos é mais.

Minimalism: https://www.netflix.com/title/80114460

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